COMPORTAMENTO DE BRACATINGA (Mimosa scabrella) E SESBÂNIA (Sesbania sesban) EM ÁREAS DEGRADADAS PELA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS PROVENIENTES DO PROCESSAMENTO DA BAUXITA

Autores

  • Charles Aparecido Gonçalves Ferreira Alcoa Alumínio S/A
  • Sâmia Maria Tauk Tornisielo Centro de Estudos Ambientais da Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Rio Claro/SP
  • Maria Madalena Ferreira Chaves Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – FEAGRI – Campinas/SP

DOI:

https://doi.org/10.14295/holos.v2i2.1221

Palavras-chave:

Áreas degradadas. Bracatinga. Sesbânia. Gesso. Recuperação.

Resumo

O retorno de horizontes superficiais do solo para áreas degradadas por atividade de disposição de resíduos tem sido prática rotineira e largamente utilizada. Para algumas empresas, no entanto, essa operação tem representado cerca de 70 a 80% dos custos finais de recuperação de áreas mineradas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a contribuição de duas espécies leguminosas na colonização inicial de um solo degradado pela disposição de resíduo de bauxita pós processamento, em Poços de Caldas-MG. O plantio foi efetuado em Janeiro de 1999, utilizando-se leguminosas Mimosa scabrella e Sesbania sesban. Adotou-se o espaçamento de 2,0 x 1,5m, e o delineamento estatístico foi o de blocos casualizados no esquema fatorial (3 x 4 x 2), sendo três doses de gesso diferentes, quatro espessuras de camada de solo superficial colocada sobre o resíduo e duas espécies vegetais. Foram feitas 4 repetições, com 5 plantas cada. Realizaram-se medições da altura total e o cálculo da taxa de mortalidade. Os resultados mostraram que o resíduo apresenta propriedades semelhantes a um solo salino-sódico, com altos valores para o pH e condutividade elétrica. Registrou-se ainda que as doses de gesso, as espessuras das camadas e as espécies influenciaram significativamente nos valores médios obtidos para as variáveis. Verificou-se a relação inversamente proporcional entre a taxa de mortalidade e os fatores dose de gesso e espessura da camada de solo colocado. Observou-se que doses crescentes de gesso e a espessura da camada de solo acarretaram decréscimo da taxa de mortalidade para as espécies. Para todas as variáveis estudadas, a sesbânia apresentou melhores resultados do que a bracatinga.

Biografia do Autor

Charles Aparecido Gonçalves Ferreira, Alcoa Alumínio S/A

Departamento de Refinaria e Mineração

Sâmia Maria Tauk Tornisielo, Centro de Estudos Ambientais da Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Campus Rio Claro/SP

Possui graduação em HISTÓRIA NATURAL pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (1968) e doutorado em Bioquímica de Microrganismos pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro (1973). Professora Adjunto (1987) em impacto de vinhaça em solo de área de cerrado e de culturas de cana-de-açúcar e de milho. Professora Titular (1993) em Biologia de Solos. Atualmente é pesquisador 3, nível IV, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Biotecnologia e Biodiversidade e também em estudos de bacias hidrográficas, impactos ambientais, qualidade das águas, modelos matemáticos. Atualmente vem atuando na coordenação de dois grupos de pesquisa, o FUGALI e o ÁGUA. Palavras de busca: ecologia, microrganismos, produção de xilanase e de ômega 6, qualidade das águas, pesque-pague e tratamento de efluentes dos pesque-pague.

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Publicado

2002-05-15

Como Citar

Ferreira, C. A. G., Tornisielo, S. M. T., & Chaves, M. M. F. (2002). COMPORTAMENTO DE BRACATINGA (Mimosa scabrella) E SESBÂNIA (Sesbania sesban) EM ÁREAS DEGRADADAS PELA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS PROVENIENTES DO PROCESSAMENTO DA BAUXITA. Holos Environment, 2(2), 156–173. https://doi.org/10.14295/holos.v2i2.1221

Edição

Seção

Artigos