RELAÇÕES FISIOECOLÓGICAS NO DIPLÓPODO Oxidus gracilis (POLYDESMIDA, STRONGYLOSOMIDADE): O CONSUMO DE OXIGÊNIO EM RELAÇÃO AO TAMANHO, SEXO E CONDIÇÃO ALIMENTAR

Resumo

O consumo de oxigênio do diplópodo Oxidus gracilis foi determinado em respirômetro de Warburg, a 25 ºC, em 21 machos e 24 fêmeas, com a finalidade de estudar as relações fisioecológicas e metabólicas com o tamanho, sexo e condição alimentar. Expressando o metabolismo ou consumo horário de oxigênio (M) em função da massa corpórea (P) e usando regressões logarítmicas, os resultados da equação alométrica M = a. Pb, foram: M = 2,589. P0,89 para os machos, M = 2,715.P0,78 para as fêmeas e M = 2,6814.P0,86 para ambos os sexos, conjuntamente. Os coeficientes de regressão (índices de b) obtidos indicaram que o metabolismo respiratório de Oxidus gracilis fica num nível intermediário de dependência, entre a massa e a superfície corpórea. Os efeitos da condição alimentar foram avaliados em diplópodos recémalimentados e jejunos de 24, 48, 72 e 96 horas. Ao final do 5º dia (96 h) a massa corpórea teve uma redução de 21,46% e o consumo de oxigênio de 52,37%. Em ambos os casos as reduções foram significativas (P < 0,05). A despeito de que nenhuma morte tenha ocorrido durante o período estudado, concluiu-se que o estresse provocado pelo jejum alimentar produz mudanças mais acentuadas no metabolismo do que na massa corpórea de Oxidus gracilis.