TY - JOUR AU - Giovanini Varejão, Filipe AU - Veríssimo Warren, Lucas PY - 2016/12/20 Y2 - 2024/03/29 TI - ABORDAGEM MULTI-INDICADORES DO SISTEMA MISTO CARBONÁTICO- SILICICLÁSTICO DA FORMAÇÃO CRATO: EVOLUÇÃO SEDIMENTAR, PALEOGEOGRAFIA E TECTÔNICA JF - Holos Environment JA - RHE VL - 0 IS - 0 SE - IX ENCONTRO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE DO - UR - https://cea-unesp.org.br/holos/article/view/12121 SP - AB - A evolução das bacias das margens leste e equatorial brasileira, bem como das bacias cretáceas do Nordeste do Brasil, tiveram seu desenvolvimento relacionado aos esforços tectônicos que deram origem ao oceano Atlântico Sul. Assim como as bacias marginais, as bacias intracontinentais do Cretáceo brasileiro também apresentam evolução complexa, com geração de fases tectono-sedimentares distintas compostas basicamente por três pulsos tectônicos: pré-rifte, sin-rifte e pós-rifte. A Bacia do Araripe é a que apresenta a história evolutiva mais completa dentre as bacias do Nordeste brasileiro. É especificamente singular por estar localizada próxima ao ponto de rotação das placas Sul-Americana e Africana que limitou durante o Cretáceo os esforços distensivos leste-oeste (margem leste brasileira) e transtensivos norte-sul (margem equatorial). A fase de abertura da margem equatorial está impressa no registro sedimentar da sequência pós-rifte transicional e apresenta idade aptiana. Depósitos siliciclásticos e carbonáticos aptianos ainda são pouco entendidos do ponto de vista sedimentológico e estratigráfico, em especial, a Formação Crato que abriga importante e rico registro fossilífero. Além de ocorrer na Bacia do Araripe a Formação Crato também está preservada nas bacias do Tucano e Jatobá, indício que durante sua deposição ocupou área muito maior do que a atual. A recente descoberta da origem microbiana de intervalos carbonáticos da Formação Crato, ora interpretados como oriundos de precipitação química, é importante ponto de partida para novas pesquisas na área. Análise multi-indicadores será aplicada aos sedimentos da Formação Crato para interpretações dos mecanismos de deposição, dos ambientes deposicionais associados à origem da unidade e para posicionar estratigraficamente os importantes fósseis que compõem esse importante Fossil Konservat Lagersttäte do Cretáceo. A combinação de descrição macro, micro e ultraestrutural de carbonatos, de dados geoquímicos, quimioestratigráficos e estruturais será fundamental para correlações regionais com outras bacias do nordeste brasileiro (e.g. bacias de Tucano, Jatobá, Sergipe-Alagoas, Potiguar e Parnaíba), bem como na definição do cenário paleogeográfico durante os últimos momentos da fragmentação de Gondwana. ER -