Análise das alterações dos parâmetros de qualidade da água do Rio Do Carmo, afluente do rio doce, após rompimento da barragem de fundão, em Mariana-MG
DOI:
https://doi.org/10.14295/holos.v18i2.12280Palavras-chave:
Rompimento Barragem. Qualidade da Água. Poluição Hídrica.Resumo
A água é o principal recurso para vida no planeta, estando relacionada à sobrevivência das espécies e ao equilíbrio da biodiversidade. A poluição aquática é consequência principalmente das atividades humanas. No dia 5 de novembro de 2015, a barragem de rejeitos de Fundão que armazenava os rejeitos da mineração de ferro da empresa Samarco se rompeu, atingindo o rio Gualaxo do Norte, desaguando no rio do Carmo até a sua chegada no rio Doce. O estudo objetivou avaliar a qualidade das águas do rio do Carmo por meio dos dados disponibilizados pelo IGAM (Instituto de Gestão de Águas de Minas Gerais) em dois pontos de monitoramento, RD009 e RD071, comparando os resultados com os limites permitidos pela legislação vigente e realizar análise relacionando os resultados observados com o rompimento da barragem de Fundão em Mariana-MG. Foi selecionado o período de 2013 a 2017 e após filtragem dos dados, foram analisados os parâmetros inorgânicos alumínio dissolvido, arsênio total, bário total, cádmio total, chumbo total, cianeto livre, cloreto total, cobre dissolvido, cromo total, ferro dissolvido, fósforo total, manganês total, mercúrio total, níquel total, nitrato, nitrito, nitrogênio amoniacal total, sulfato total, sulfeto e zinco total e demais parâmetros como clorofila “a”, sólidos dissolvidos totais, fenóis totais e cor verdadeira, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), óleos e graxas, oxigênio dissolvido, turbidez e pH in loco. No geral os parâmetros atenderam a legislação vigente, com exceção do fósforo, manganês, alumínio e arsênio. Apenas o parâmetro turbidez demonstrou possível relação com o rompimento da barragem.