Qualidade da água utilizada para consumo humano em áreas rurais, estudo de caso no município de Santa Rosa do Sul-Santa Catarina

Autores

  • Gustavo Simão Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Ana Paula Martins Damiani Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)
  • Nadja Zim Alexandre Instituto de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA)
  • Bruna Gonçalves da Silva Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

DOI:

https://doi.org/10.14295/holos.v20i1.12368

Palavras-chave:

Água potável. Saúde Pública. Hidrogeologia. Saneamento Básico.

Resumo

Água potável e saneamento seguros são reconhecidos como direitos básicos. A água destinada para consumo humano tem sido frequentemente reconhecida como veículo de transmissão de enfermidades. Muitas epidemias tiveram sua origem na distribuição e abastecimento de águas. Aproximadamente 15% da população brasileira vive na zona rural, são por volta de 29 milhões de pessoas, as quais prioritariamente vivem sem acesso aos serviços de saneamento como água tratada. Segundo dados oriundos da Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina para a região da AMESC, dos sistemas autônomos de capitação de água (poços, nascentes etc.), 60% indicaram a presença de Coliformes Totais e 34% indicaram a presença de E. Coli. Estes números motivaram a realização do presente trabalho. Neste sentido, buscando avaliar a qualidade da água consumida pelas comunidades rurais, como case, selecionaram-se duas comunidades do munícipio de Santa Rosa do Sul, no sul do estado de Santa Catarina, nas quais foram avaliados um conjunto de propriedades 10 propriedades cada, em conformidade com seu contexto hidrogeológico e subsequente forma de captação de água (nascentes e poços ponteira). Mesmo para o diminuto número de parâmetros avaliados, 90% das amostras obtidas em nascentes não apresentaram condições de potabilidade, predominantemente relacionada a parâmetros microbiológicos. A situação nas captações do tipo ponteira é um pouco melhor, com 30% das amostras em condição de potabilidade. O maior problema neste contexto está associado à presença de alumínio com concentração acima do limite estabelecido para potabilidade.

Biografia do Autor

Gustavo Simão, Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Geólogo graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2013) e Mestre em Geociências com ênfase em Geoquímica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2016), é doutorando no programa de pós graduação em Geociências da UFRGS, onde desenvolve trabalho nas temáticas geologia, hidrogeologia e geoquímica ambiental. Líder do Grupo de Pesquisas Aplicadas em Meio Ambiente da UNESC. Atualmente é professor substituto da UNESC. Exerce o cargo de Geólogo/Analista Ambiental no Centro de Pesquisas e Estudos Ambientais ligado ao Parque Científico e Tecnológico da Universidade do Extremo Sul Catarinense (CPEA/IPARQUE/UNESC) no qual atua como colaborador nas temáticas: Caracterização, Geoquímica e Modelamento dos Recursos Hídricos Superficiais e Subterrâneas; Mapeamento, Análise e Monitoramento Geológico e Geotécnico; Análise e Investigação de Áreas Contaminadas; Projetos de Recuperação e Monitoramento Ambiental de áreas Degradadas; Diagnóstico e Plano de Monitoramento Paleontológico. Atuou como bolsista de iniciação científica, tecnológica e de mestrado na área de Geologia do Carvão e de Rochas Geradoras de Petróleo, desenvolvendo trabalhos nas temáticas de: Petrologia Paleobotânica e Geoquímica de Carvão e de Rochas Geradoras de Petróleo; Petrologia de Cinzas e Rejeitos de Carvão; Caracterização de Propriedades Tecnológicas e de Beneficiamento de Carvão; Avaliação do Potencial Gerador de Hidrocarbonetos e Armazenagem de Gás Natural Associado a Folhelhos (Shale Gas) e a Camadas de Carvão (coalbed methane-CBM); Influência de intrusões ígneas na maturação da Matéria Orgânica.

Ana Paula Martins Damiani, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)

Graduada em ciências biológicas pela UNESC, atua como extensionista na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI).

Nadja Zim Alexandre, Instituto de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA)

Graduada em Licenciatura Em Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (1984) e mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000). Foi professora da UNESC - Universidade do Extremo Sul Catarinense, nos cursos de engenharia ambiental, engenharia de materiais, engenharia de produção e ciências biológicas. Foi pesquisadora no Setor de Projetos Ambientais do IPAT - Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas da UNESC. Possui experiência na área de Química Ambiental e Controle de Poluição atuando principalmente nos seguintes temas: carvão, águas superficiais, drenagem ácida, poluição da água e diagnóstico ambiental. Atua como analista técnica no Instituto de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA).

Bruna Gonçalves da Silva, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e estagiária no Centro de Pesquisas e Estudos Ambientais ligado ao Parque Científico e Tecnológico (CPEA/IPARQUE/UNESC).

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Publicado

2020-02-21

Como Citar

Simão, G., Damiani, A. P. M., Alexandre, N. Z., & Silva, B. G. da. (2020). Qualidade da água utilizada para consumo humano em áreas rurais, estudo de caso no município de Santa Rosa do Sul-Santa Catarina. Holos Environment, 20(1), 100–116. https://doi.org/10.14295/holos.v20i1.12368

Edição

Seção

Artigos