Qualidade da água utilizada para consumo humano em áreas rurais, estudo de caso no município de Santa Rosa do Sul-Santa Catarina
DOI:
https://doi.org/10.14295/holos.v20i1.12368Palavras-chave:
Água potável. Saúde Pública. Hidrogeologia. Saneamento Básico.Resumo
Água potável e saneamento seguros são reconhecidos como direitos básicos. A água destinada para consumo humano tem sido frequentemente reconhecida como veículo de transmissão de enfermidades. Muitas epidemias tiveram sua origem na distribuição e abastecimento de águas. Aproximadamente 15% da população brasileira vive na zona rural, são por volta de 29 milhões de pessoas, as quais prioritariamente vivem sem acesso aos serviços de saneamento como água tratada. Segundo dados oriundos da Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina para a região da AMESC, dos sistemas autônomos de capitação de água (poços, nascentes etc.), 60% indicaram a presença de Coliformes Totais e 34% indicaram a presença de E. Coli. Estes números motivaram a realização do presente trabalho. Neste sentido, buscando avaliar a qualidade da água consumida pelas comunidades rurais, como case, selecionaram-se duas comunidades do munícipio de Santa Rosa do Sul, no sul do estado de Santa Catarina, nas quais foram avaliados um conjunto de propriedades 10 propriedades cada, em conformidade com seu contexto hidrogeológico e subsequente forma de captação de água (nascentes e poços ponteira). Mesmo para o diminuto número de parâmetros avaliados, 90% das amostras obtidas em nascentes não apresentaram condições de potabilidade, predominantemente relacionada a parâmetros microbiológicos. A situação nas captações do tipo ponteira é um pouco melhor, com 30% das amostras em condição de potabilidade. O maior problema neste contexto está associado à presença de alumínio com concentração acima do limite estabelecido para potabilidade.