BIODEGRADAÇÃO DE CORANTES E EFLUENTES TÊXTEIS POR FUNGOS

Autores

  • Aline Ramalho Brandão Pereira Universidade Federal de Alfenas
  • Frank Lucarini Bueno Universidade Federal de Alfenas
  • Samantha Cristine Santos Universidade Federal de Alfenas
  • Cláudio Antônio Andrade Lima Universidade Federal de Alfenas
  • Amanda Latércia Tranches Dias Universidade Federal de Alfenas

DOI:

https://doi.org/10.14295/holos.v10i2.2156

Palavras-chave:

Isolamento de fungos, biodegradação, efluentes têxteis, corantes têxteis, fungos.

Resumo

Os resíduos da indústria têxtil se caracterizam por sua baixa degradabilidade, alto potencial mutagênico e carcinogênico, podendo atingir o meio ambiente e a saúde pública. O emprego de fungos, principalmente, basidiomicetos degradadores de lignina, tem sido cada vez mais utilizado devido à produção de enzimas ligninolíticas de baixa especificidade, que podem ser aplicadas na degradação de compostos fenólicos. A triagem de fungos provenientes de ambientes contaminados também é de grande importância para a seleção de microrganismos com potencial degradativo, pois, se os mesmos conseguem proliferar neste ambiente, certamente possuem um sistema enzimático que lhes permita metabolizar as espécies químicas presentes no local. O objetivo deste trabalho foi isolar fungos da estação de tratamento de efluentes de indústrias têxteis e avaliar a degradação de corantes e efluentes por estes fungos e por fungos com capacidade degradativa conhecida. Os fungos padrões utilizados foram Lentinula edodes e Paraconiothyrium estuarinum. Os corantes em estudo foram Remazol Brilliant Blue R (RBBR), Reactive Yellow 145, Reactive Red 195 e efluente têxtil. A mesma espécie fúngica (Geothricum candidum) foi isolada do tanque de aeração de ambas as indústrias têxteis investigadas. Foram feitos testes em meio sólido e líquido, sob diferentes condições de incubação e pH. Foi observada melhor capacidade degradativa nas amostras sob agitação. O fungo isolado da estação de tratamento não degradou o corante RBBR, porém, demonstrou capacidade de degradação do efluente em pH 9, a 35°C e na presença de tampão acetato de sódio. Lentinula edodes degradou todos os corantes e efluentes, e os melhores resultados foram obtidos em pH 5 na presença de tampão. O fungo Paraconiothyrium estuarinum não degradou o corante RBBR, porém, apresentou capacidade degradativa considerável dos corantes Reactive Yellow 145 e Reactive Red 195. A partir destes resultados, há perspectivas de utilização destes fungos no tratamento de efluentes têxteis, inoculando aqueles com capacidade degradativa conhecida durante o tratamento ou criando condições para que os existentes no local cresçam e degradem os compostos existentes.

Biografia do Autor

Aline Ramalho Brandão Pereira, Universidade Federal de Alfenas

Departamento de Ciências biológicas Área: Microbiologia Aplicada

Frank Lucarini Bueno, Universidade Federal de Alfenas

Departamento de Ciências biológicas Área: Microbiologia Aplicada

Samantha Cristine Santos, Universidade Federal de Alfenas

Departamento de Ciências biológicas Área: Microbiologia Aplicada

Cláudio Antônio Andrade Lima, Universidade Federal de Alfenas

Departamento de Ciências biológicas Área: Microbiologia Aplicada

Amanda Latércia Tranches Dias, Universidade Federal de Alfenas

Departamento de Ciências biológicas Área: Microbiologia Aplicada

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Publicado

2010-07-08

Como Citar

Pereira, A. R. B., Bueno, F. L., Santos, S. C., Lima, C. A. A., & Dias, A. L. T. (2010). BIODEGRADAÇÃO DE CORANTES E EFLUENTES TÊXTEIS POR FUNGOS. Holos Environment, 10(2), 165–179. https://doi.org/10.14295/holos.v10i2.2156

Edição

Seção

Artigos