Intrusão de vapores do solo: breve histórico sobre desenvolvimento da tecnologia, cenário brasileiro e avanços recentes
DOI:
https://doi.org/10.14295/holos.v18i2.12307Palavras-chave:
Intrusão de Vapores. Quadro regulatório. Modelo Conceitual. Múltiplas Linhas de Evidência. Avanços Tecnológicos.Resumo
A intrusão de vapores do solo, processo definido pela migração de contaminantes em fase volátil desde uma fonte de contaminação existente em subsuperfície para o interior de edificações, tem sido tema de debates entre comunidades científicas e regulatórias internacionais há aproximadamente três décadas. No Brasil, como é o caso para a maioria das tecnologias em desenvolvimento, as instruções técnicas para avaliar a intrusão de vapores provenientes da América do Norte e da Europa vêm sendo adaptadas de forma a possibilitar a sua aplicação a nível local. A nível mundial, verifica-se que a abordagem para avaliação da intrusão de vapores tem tipicamente sido focada na utilização de modelos preditivos e na avaliação de riscos à saúde humana (ARSH), sendo que investigações de campo e a utilização de múltiplas linhas de evidência fazem parte da regulamentação apenas em poucos países (Austrália, Canadá, Dinamarca, Estados Unidos e Reino Unido). Nestes locais, novas tecnologias e formas de abordagem vêm sendo utilizadas de maneira bem-sucedida para elucidar os cenários de exposição, por meio do refinamento de modelos conceituais, e assim auxiliar a tomada de decisões. No Brasil, foram identificados desenvolvimentos com relação ao quadro regulatório e tecnológico, porém existe um campo amplo de oportunidades para o estabelecimento de diretrizes e procedimentos específicos para avaliação do processo de intrusão de vapores.