MUTAGENICIDADE E GENOTOXICIDADE EM ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS ANTES E APÓS O TRATAMENTO DA ÁGUA

Autores

  • Gabriela Helena da Silva Universidade de São Paulo
  • Tâmara Guindo Messias Universidade de São Paulo
  • Daniela Morais Leme Universidade de São Paulo
  • Regina Teresa Rosim Monteiro Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.14295/holos.v13i1.5940

Palavras-chave:

Desinfecção, Allium cepa, Saúde humana, Aberrações cromossômicas

Resumo

A desinfecção da água é um processo milenar, apesar disso, há poucos estudos sobre a segurança do uso de compostos químicos para a população consumidora. Sabe-se que o cloro, reagindo com a matéria orgânica presente na água, pode formar trihalometanos (TAMs). A exposição às águas cloradas como alimento, banho, recreação ou outros usos têm sido causa de preocupação devido aos danos à saúde, sendo o câncer de bexiga o mais preocupante. Visando avaliar a formação de danos no material genético, como quebras cromossômicas, pontes, e outros que causam perda de material genético durante a divisão celular, foram realizados testes de genotoxicidade e mutagenicidade em água para consumo humano, utilizando Allium cepa. Para os testes foram coletadas amostras de água bruta e tratada em quatro diferentes estações de tratamento de água (ETA) do município de Piracicaba, SP. As freqüências de aberrações cromossômicas (AC) e de micronúcleo (MN) foram analisadas após exposição das sementes, em três períodos, no ano de 2008. Valores significativos foram encontrados para amostras de água bruta e tratada, quando comparado ao controle. Nas amostras de águas oriundas de região predominantemente agrícola, ocorreu maior toxicidade após o tratamento. Sugere-se que esses valores foram, provavelmente, decorrentes dos produtos utilizados na agricultura e transportados para os corpos hídricos. Isto contribui para o aumento da carga orgânica e a possibilidade de formação de TAMs, devido ao uso do cloro nas amostras de água tratada. Esses resultados devem servir de alerta para a possibilidade de estar ocorrendo à formação de compostos cancerígenos durante o tratamento das águas.

Biografia do Autor

Gabriela Helena da Silva, Universidade de São Paulo

Centro de Energia Nuclear

Tâmara Guindo Messias, Universidade de São Paulo

Centro de Energia Nuclear na Agricultura

Daniela Morais Leme, Universidade de São Paulo

Faculdade de Ciências Farmaceuticas de Ribeirão Preto

Regina Teresa Rosim Monteiro, Universidade de São Paulo

Centro de Energia Nuclear na Agricultura

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Publicado

2013-06-12

Como Citar

da Silva, G. H., Messias, T. G., Leme, D. M., & Monteiro, R. T. R. (2013). MUTAGENICIDADE E GENOTOXICIDADE EM ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS ANTES E APÓS O TRATAMENTO DA ÁGUA. Holos Environment, 13(1), 64–73. https://doi.org/10.14295/holos.v13i1.5940

Edição

Seção

Artigos